Meu nome é Jasmine Cooper, eu tenho 17 anos, mas bem, não é sobre isso que nós vamos falar agora. Vamos falar sobre meu ano novo passado, meu quqerido ano novo passado. Eu era uma garota corajosa, destemida e confiante em si mesma, até aquele ano novo.
Mesmo sendo verão, estava frio. A neve escorregava lentamente pela janela, quando eu me senti entediada por não ter nenhum adolescente na minha família, pra compartilhar o ano novo comigo, e resolvi sair na rua, para refletir em algumas coisas. Eu avisei mamãe e sai andando pelas ruas, fitando o escuro e não ouvindo nada. Quando eu comecei a me sentir perseguida. Era estranho, pois eu nunca sentia isso, e aquilo parecia impulso, eu sabia que tinha alguém atrás de mim. E não sei porque, eu não tinha coragem de olhar.
Então eu enxerguei um banco, lugar perfeito! Me sentei e fiquei simplesmente em silêncio, pensando em nada. Eu não estava com medo, apenas preocupada. O.K. Talvez eu não tivesse que me preocupar com isso. Até ela aparecer.
- Olá! - ela disse, atrás de mim.
- Anh? Oi! - eu olhei pra trás, e vi uma garota de cabelos pretos a altura dos ombros, cacheados, pele clara, não pálida, mas clara. Lábios pintados de vermelho vivo, um colar de pérolas branco, um vestido totalmente branco como a neve e um par de sapatos vermelhos. Ela era linda! E estava muito bem arrumada para o ano novo.
- Eu estava procurando alguém, que bom que te achei! Você se importa se eu sentar ao eu lado? - ela disse sorrindo.
A garota aparentava ter 14 anos, tinha carinha fofa, de criança.
- Tudo bem! Como é o seu nome? - Eu perguntei.
- Charlotte Campbell, e o seu?
- Jasmine, Jasmine Cooper! - eu a comprimentei. - Quantos anos você tem?
- 18
- Uau, não parece!
- É, era pra parecer.
Não entendi muito bem o que ela disse.
Nós conversamos por duas horas, até dar meia noite. Falamos sobre comidas, sobre como foi nosso natal e como estava sendo as nossas férias. Na verdade, eu falei. Charlotte era misteriosa demais! As vezes, quando eu lhe fazia alguma pergunta, antes da resposta ela dizia: "antes da minha hora". Ela era estranha, fazia perguntas, mas não gostava de as responder. Se parecia uma garota tímida.
Até dar meia noite, e eu descobrir algumas coisas:
- Que horas são?
- 24:00h. Uau, já? Feliz ano novo! - eu sorri para ela.
- Meu Deus, já deu meia noite? Com licença, eu preciso ir! - ela se levantou.
- Não! Espera! Por que você vai ir a essa hora?
- Desculpe-me, é tarde, eu preciso ir! - ela saiu correndo para o escuro.
Ela devia ter os pais rígidos, não sei. Mas estranhei muito aquilo! Eu nunca havia a visto no bairro, na verdade eu estava em outra cidade, passando as férias com a minha família. Fiquei sentada por alguns momentos, tentando adivinhar mentalmente quem era Charlotte Campbell, a misteriosa Charlotte Campbell. Quando eu vi um homem velho, que aparentava ter uns 50 anos, por aí! Sentar-se no banco, olhar em volta e chorar, aquilo era tão sinistro! Eu o olhei rapidamente, e então tratei de disfarçar, até que olhei de novo e vi algo que me deixou assustada. O homem segurava um colar de pérola em suas mãos, igual o de Charlotte.
- Er, desculpa perguntar, mas de quem é esse colar? - eu perguntei, trêmula.
- Minha filha falecida.
- Quem é ela?
- Charlotte Campbell!
Na hora, meu coração acelerou como um solo de bateria, minhas mãos ficaram trêmulas e até meus dentes tremiam.
- Como ela é?
- Morena, pele clara a altura dos ombros, baixinha e magra, pelo menos era. - o homem começou a chorar.
- E... como ela morreu?
- Ela morreu nessa praça aqui, assassinada pela gangue inimiga do seu namorado. - ele soluçou.
- Meu Deus! - eu coloquei as mãos na boca. - Eu sei que pode parecer esquisito, mas, me da mais detalhes?
- Bem, sim. Charlotte era linda, alegre, até conhecer Homer Jassy. Os dois eram felizes juntos, mas ela tinha apenas treze anos, e ele começou a se envolver com gangues. Ela tentou tira-lo desse caminho, mas não conseguiu. Ela era inocente, e continuou a namorar com ele, até ele se envolver em uma briga, e vencer. Então a outra gangue, procurou vingança e a assassinou de madrugada, aqui nessa praça. Ela morreu torturada.
Eu respirei fundo, eram informações demais pra mim captar.
- A quanto tempo ela morreu?
- Quatro anos. Hoje ela teria dezoito.
- Dezoito... Você está indo a algum lugar?
- Sim, todo o ano novo eu vou visitá-la, ela adorava essa data. Quer vir comigo?
- Sim, eu adoraria!
Nós nos levantamos e arriscamos alguns passos.
- Uma lenda aqui da cidade, diz que todo ano ela passeia pela praça, procurando por alguém para conversar em seu ano novo, então toda meia noite, ela volta para o seu túmulo, esperando a minha visita, é tão clichê!
- Sim, é muito clichê! - Eu disse trêmula.
Ele me levou até o seu túmulo, e então eu descobri que certas lendas existem. Eu fiz uma reza desejando que ela tenha tido um feliz ano novo.
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